A lira é uma heroína...uma prima, uma irmã, uma companheira...uma menina que queria ser mulher. É uma rapariga que enfrenta seus dramas sem medo e espera ser o auxilio moral de muitas mulheres. As mulheres angolanas, sendo fruto de gerações sofridas e iletradas, merecem tal homenagem. Pretendo que a Lira seja um exemplo, não a seguir, mas talvez que nos faça reflectir. Eu não quiz acabar o romance porque finaliza-lo era perder a Lira...
Desde pequena que cresci a ler, apaixonei-me pela vivacidade das bandas desenhadas, da diversidade de romances que me tiram folêgo e sempre acreditei que também poderia um dia explorar a minha paixão por literatura.
As artes deviam ser mais apostadas porque com elas podemos saber quem somos, tocar almas e revolucionar uma sociedade. Com a escrita, eu encontrei um fiel um amigo, vi nela a terapia e o refúgio para os meus problemas. A minha dor me fez conhecer-me melhor e querer ser melhor.
A actualidade tem nos proporcionado novos conceitos e habilidades que nos permitem explorar mais as nossas ideias. A nossa sociedade está a evoluir, o contacto com outras culturas educa e constrói caracteres, tornando-nos mais receptivos. Eu acredito que a arte é para partilhar e assim, vamos aprendendo com os caracteres das historias ficticias, vamos acreditando num amor sem fronteiras, num heroí capaz de tudo, nos tornando seres humanos melhores.
Lunga Izata
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